Todas as feridas, por menores que sejam, necessitam de ser devidamente limpas e desinfetadas. É necessário eliminar toda a sujidade e agir eficazmente contra os microorganismos eventualmente presentes na lesão de modo a evitar uma infecção e possibilitar o normal desenvolvimento do processo de reparação espontânea.
Limpeza da ferida- Este é, obrigatoriamente, o primeiro passo, já que se deve sempre considerar que as feridas podem estar sujas e contaminadas. Quem tentar ajudar a vítima deve lavar bem as mãos com água e sabão azul e branco para não aumentar a contaminação (2). A correta limpeza da ferida compreende dois passos. Em primeiro lugar, deve-se colocar a parte afetada debaixo de um jacto de água da torneira ou utilizar soro fisiológico, algo que se deve sempre ter na nossa farmácia (3). Depois, deve-se efetuar uma limpeza mais cuidadosa com uma gaze umedecida, molhada com sabonete neutro, que deve ser passada desde o centro da ferida até à periferia de modo a arrastar toda a sujidade (4). Depois se deve efetuar uma passagem por água abundante ou soro fisiológico de modo a eliminar o resto do sabonete (5) e, por fim, secar cuidadosamente a ferida com uma nova gaze (6).
Desinfecção da ferida - Após a limpeza da ferida, é necessário proceder à aplicação de um anti-séptico que assegure a eliminação de microorganismos que possam provocar uma infecção. Este procedimento necessita de dois elementos que devem estar sempre presentes em qualquer farmácia: gazes esterilizadas e um anticéptico líquido. Nestes casos, não convém utilizar algodão, pois podem libertar-se alguns filamentos, cuja presença na ferida poderia dificultar a sua cura. Para, além disso, não se devem utilizar anti-sépticos sob a forma de pomadas, pois amolecem a pele e não favorecem a cura da ferida, nem em pó, porque formam coágulos que também perturbam a evolução natural da lesão. Por isso, deve-se empapar uma gaze esterilizada no anti-séptico líquido e passá-la sobre a ferida e à sua volta (7).
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