O primeiro passo no atendimento aos adolescentes é estar “próximo” a eles e entender que nesta fase há diversos conflitos, pois o adolescente está saindo da infância e caminhando para idade adulta, o corpo muda, a voz muda e os desejos e curiosidades começam a aparecer.
O adolescente que vai ao consultório em busca de tratamento para uso abusivo de drogas geralmente é levado por algum familiar que está em busca de socorro e respostas. O adolescente neste momento ainda não está muito preocupado, por isso a critica deve ser deixada de lado e deve-se procurar entender o que o leva a buscar as drogas.
Eles já sabem a conseqüência do uso das drogas. A onipotência do adolescente é maior do que os conselhos e criticas recebidas. Deve-se ouvi-los e dentro do discurso posto por eles ver o grito de socorro que pedem. Frente a diversas angustias que passam nesta fase tão conturbada procuram as drogas como meio de confortá-los.
A internação às vezes é necessária, mas temos que estar cientes que as drogas vão continuar a existir quando ocorrer à alta hospitalar. Creio que o momento de uma internação se faça necessária quando o adolescente está pondo a vida dele ou de pessoas próximas em risco.