A paraparesia espástica tropical é uma infecção viral lentamente progressiva da medula espinhal que causa enfraquecimento dos membros inferiores, causada pelo vírus do linfoma/ leucemia de células T humano tipo I (HTLV-I, também denominado vírus linfotrópico T humano).

O HTLV-I é um retrovírus do tipo oncogênico, já que é capaz de causar linfoma/leucemia aguda das células T. Porém, esse tipo de neoplasia é raro entre os portadores latentes do vírus. A paraparesia espástica tropical pode ser transmitida através do contato sexual ou de agulhas contaminadas. Ela também pode ser transmitida da mãe para o filho, seja por meio da placenta ou do leite materno.

Os sintomas podem manifestar-se anos após a infecção inicia e são:

>enfraquecimento e a rigidez muscular dos dois membros inferiores enfraquecimento e a rigidez muscular dos dois membros inferiores
> perda parcial da sensibilidade dos pés
> síndrome neurovegetativa (disfunção esfincteriana intestinal e vesical)
> síndrome sensitiva (principalmente alterações da sensibilidade vibratória e da propriocepção abaixo do nível medular de acometimento)
>, dor em região lombar e ataxia

O tratamento da HAM/TSP se baseia numa tentativa de imunossupressão induzida, já que se acredita que essa doença possua, em sua etiopatogenia, além da presença de infecção viral, um componente auto-imunológico bastante significativo.

o uso de drogas corticosteróides, demonstrando seus melhores resultados terapêuticos principalmente nos três primeiros anos de doença. Após esse tempo, seus efeitos são discretos. Têm-se utilizado também interferons, com respostas modestas.

A terapia com drogas antivirais, como por exemplo a zidovudina, ainda não está claramente estabelecida cientificamente, sendo necessários maiores estudos acerca dessa possibilidade.