É um inchaço que aparece na região inguinal causado pela exteriorização de um segmento intestinal, ou pelo ovário (na menina), através de uma abertura natural que possuímos aí chamada de orifício inguinal.

As hérnias inguinais diretas são as decorrentes da fraqueza da parede do canal inguinal, e são mais comuns em pessoas mais velhas e que se submetem a um grande esforço abdominal (profissionais, esporte, tosse crônica, constipação, obesidade). As hérnias inguinais indiretas ocorrem devido a uma falha congênita da região inguinal, e por isso são mais comuns em crianças e adultos jovens.

Cerca de um a cada 20 bebês nasce com uma hérnia inguinal e até 30 por cento dos prematuros podem ser afetados. Ela atinge mais meninos do que meninas. Isso talvez ocorra porque, durante a gestação, os testículos se desenvolvem no abdome até mais ou menos os sete meses de gravidez, quando atravessam a parede abdominal e seguem, através do canal inguinal, até a bolsa (ou saco) escrotal.

Pode-se notar um abaulamento na região da virilha da criança, que mais parece uma azeitona embaixo da pele, que às vezes aparece e logo desaparece, sem referência de dor pela criança e notado pela mãe na hora do banho, com a criança em pé. Ou pode aparecer quando a criança chora muito ou se esforça para evacuar. Lembremos que nos bebês menores de um ano, a descoberta em geral se faz nas trocas de fraldas com o nenê deitado e os membros em movimentos ativos.

Assim como nos adultos, o único tratamento é cirúrgico. No entanto, os pais não precisam ter medo. A operação é feita ambulatorial mente e a recuperação é bastante rápida. Mesmo bebês prematuros podem ser encaminhados para o procedimento logo que saem do berçário.

A hérnia umbilical infantil, no entanto, muitas vezes dispensa a cirurgia porque é capaz de se fechar espontaneamente. Os médicos costumam aguardar até aproximadamente os dois anos de idade, caso ela não seja grande ou apresente riscos de encarceramento.