A ingestão de substâncias cáusticas (ácidos e álcalis fortes) queima e lesa diretamente a boca, o esôfago e o estômago. Alguns produtos domésticos comuns que contêm substâncias cáusticas são os desinfetantes de ralos e vasos sanitários e os detergentes para a lavagem de louça. Alguns desses produtos contêm substâncias cáusticas mais lesivas (p.ex., hidróxido de sódio e ácido sulfúrico).

As pessoas costumam utilizar, nas suas casas, vários produtos deste tipo para limpeza e desinfecção, como por exemplo, o óxido de sódio cáustico, o óxido de potássio cáustico, a lixívia, o amoníaco líquido ou os denominados detergentes iônicos. A causticidade destes produtos faz com que, tanto o contacto cutâneo como a sua ingestão ou mesmo a inalação das suas emanações possam provocar danos nos tecidos expostos. A sua gravidade depende, naturalmente, da concentração ou pureza do produto, da sua quantidade e tempo de exposição e, como é óbvio, do tecido afetado .Todavia, as consequências mais graves são provocadas pela ingestão de algum produto cáustico, normalmente de forma acidental. neste caso, as lesões afetam essencialmente o tubo digestivo e muito especificamente o esôfago e o estômago, que podem até ser perfurados.

-A dor é imediata e pode ser intensa.

-As áreas queimadas inflamam e a deglutição torna-se difícil

-A respiração é superficial e, freqüentemente, o pulso é rápido e fraco

- Algumas vezes, o edema provoca obstrução das vias aéreas

-A pressão arterial excessivamente baixa (choque) é comum

-A substância cáustica pode corroer a parede do esôfago ou do estômago.

Qualquer criança que ingere uma substância cáustica deve ser imediatamente examinada por um médico. O tratamento deve ser instituído imediatamente, fazendo com que a criança ingira água ou leite com o objetivo de diluir a substância cáustica. Para as crianças, é melhor usar o leite. Além de ele recobrir as membranas mucosas e aliviar a dor, ele também substitui as proteínas tissulares como alvo de destruição da substância cáustica.

Um antibiótico é administrado quando a criança apresenta febre ou evidências de perfuração do esôfago. Nos casos leves, a criança pode ser estimulada a ingerir líquidos logo após a intoxicação. Caso contrário, os líquidos devem ser administrados pela via intravenosa até que possam ser ingeridos.