O prolapso genital caracteriza-se pela perda de sustentação muscular dos órgãos localizados na cavidade pélvica da mulher (útero, tubas uterinas, ovários, vagina, bexiga, uretra, intestino, reto), região do assoalho pélvico onde se situam os orifícios exteriores da uretra, vagina e ânus.
O prolapso genital é provocado pela impossibilidade, por diversos motivos, dos elementos citados em desempenharem eficazmente a sua função. Por exemplo, os ligamentos e músculos da zona distendem-se e podem até chegar a romper-se ao longo do parto, o que justifica o facto de o prolapso uterino ser mais frequente em mulheres que tenham tido vários filhos, ainda que também possa afectar mulheres que não tenham qualquer filho. Para além disso, a produção de lesões dos ligamentos de sustentação num parto, devido a um acidente ou como sequela de uma infecção, pode provocar um brusco prolapso genital.
Todavia, o problema desenvolve-se, na maioria dos casos, de maneira progressiva e sem causa específica, como acontece com especial incidência em mulheres que apresentam uma debilidade constitucional dos sistemas de sustentação e de suspensão. Neste sentido, a menopausa constitui um momento crítico, já que o défice hormonal próprio desta época propicia uma certa atrofia e a debilidade dos meios de sustentação do útero e dos restantes órgãos pélvicos, sendo a obesidade um outro factor favorecedor significativo. Aumento da pressão intra-abdominal durante a gravidez, obesidade, tosse crônica, espirros, número maior de partos (não importa se por via normal ou cesariana) e o desgaste próprio do envelhecimento estão entre as principais causas do prolapso genital.
SINTOMAS
São sintomas do prolapso genital:
- Abaulamento na parede da vagina
- Pressão sobre o períneo
- Incontinência urinária e fecal
- Relações sexuais dolorosas e difíceis
- Dificuldade para urinar.
TRATAMENTO
Fisioterapia específica para fortalecer a musculatura da pélvis, atividade física adequada, controle do peso na gravidez e fora dela são medidas importantes para prevenir a formação de prolapsos genitais.
Uma vez estabelecidos, porém, desde que não haja contraindicações clínicas, o tratamento é cirúrgico. A proposta da cirurgia clássica é suturar os músculos para mantê-los unidos e levantar a bexiga.
O índice de sucesso dessa técnica gira em torno de 40%, mas sobe para 90% se for utilizada uma tela de polipropileno, semelhante às das operações de hérnia, para corrigir o defeito do assoalho pélvico nos compartimentos anterior, médio e posterior.
Pacientes que não podem submeter-se ao procedimento cirúrgico têm, como alternativa, dispositivos internos ou externos. A estrutura rígida dessas próteses, porém, pode provocar ferimentos na mucosa vaginal, o que aumenta o risco de infecção urinária e nos genitais.
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