A febre maculosa é uma infecção aguda causada por uma bactéria, a Rickettsia rickettsii. O homem é infectado através da picada do carrapato que eventualmente carrega esta bactéria nas suas glândulas salivares.
Esta é uma doença rara, porém o número de pessoas diagnosticadas vem aumentando desde 1996 quando se tornou obrigatória a sua notificação para os centros de vigilância epidemiológica. Estima-se que a maioria dos casos não é diagnosticada e que os dados disponíveis são provavelmente inferiores à verdadeira incidência.
É mais comum na zona rural, principalmente dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
SINTOMAS
A pessoa infectada pode desenvolver sintomas de 2 a 14 dias após a picada, em média, uma semana. Estes sintomas podem praticamente não existir ou serem muito fracos, o que dificulta o diagnóstico.
Nas pessoas que desenvolvem o quadro mais característico, a febre pode ser moderada a alta, chegando até 39 a 40 graus. Esta febre pode durar de 2 a 3 semanas e geralmente a pessoa tem que restringir as suas atividades, necessitando repouso no leito. É comum ter dor de cabeça intensa, dor no corpo, calafrios e edema dos olhos e conjuntivas.
Nos primeiros dias de febre pode aparecer a mácula, de onde vem o nome da doença. São lesões de pele, róseas, nos punhos e tornozelos, que progridem para o tronco e face e após, mãos e pés. Em 2 a 3 dias, estas lesões adquirem um certo volume e podem ser sentidas ao toque quando ficam de uma coloração mais forte. Após 4 dias podem ficar arroxeadas. Nas áreas de maior atrito, podem se unir e formar uma placa que se parece com um hematoma. Pode haver descamação nas áreas mais intensas. O local onde houve a picada pode formar uma úlcera necrótica semelhante à lesão de picada de aranha.
TRATAMENTO
A maioria das pessoas tem um curso benigno que necessita só de medicações sintomáticas como analgésicos, antitérmicos, hidratação oral e repouso. Estima-se que estas pessoas não chegam a procurar atendimento médico e a infecção tem uma resolução espontânea em algumas semanas. Os casos mais graves, quando diagnosticados, devem receber antibióticos específicos e medidas de suporte, muitas vezes necessitando até de tratamento intensivo.
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