Raiva
em 5/7/2012
Categoria: Infecções-doenças infecciosas
O QUE É?

É doença infecciosa aguda que uma vez instalada é sempre fatal. É causada por um vírus que se alastra pelo sistema nervoso de animais de “sangue quente” domésticos ou selvagens, cães, gatos, macacos, morcegos.etc , incluindo o homem.

A transmissão da raiva se dá pela saliva do animal contaminado pelo vírus da raiva, através de lesão da pele do novo hospedeiro. Este vírus pode inoculado por arranhadura, mordida ou lambida do animal doente. Característica da própria doença é o aumento da agressividade do doente, o que facilita o ataque do doente a um novo animal ou ao homem.

Após o contato com seu novo hospedeiro, o vírus se multiplica e penetra no sistema nervoso, afetando cérebro, medula e cerebelo. O período de incubação varia de um mês a dois anos após a exposição.

Uma vez iniciados os sintomas neurológicos, o paciente evolui para o óbito em 99,99% dos casos. Até o momento (Setembro de 2009) só há relato de 3 casos onde o paciente sobreviveu (um deles no Brasil). Esses três casos são fruto de um novo esquema de tratamento descrito pela primeira vez em 2005 que inclui um antiviral, um anestésico e um ansiolítico. Porém , apesar da cura, as sequelas são grandes.
SINTOMAS
O vírus da raiva tem tropismo pelo sistema nervoso central, alojando-se frequentemente no cérebro após viajar pelos nervos periféricos.

A encefalite, inflamação do encéfalo, é o resultado final da instalação e multiplicação do vírus no sistema nervoso central. Os sintomas da raiva são todos decorrentes deste acometimento:

- Confusão
- Desorientação
- Agressividade
- Alucinações
- Dificuldade de deglutir
- Paralisia motora
- Espasmos
- Salivação excessiva
TRATAMENTO

Se por um lado praticamente 100% dos pacientes morrem após o início dos sintomas, por outro, há vacina e tratamento profilático com imunoglobulinas (anticorpos) em caso de exposição ao vírus.

Em caso de mordida por mamífero, deve-se lavar bem a ferida com água e sabão e se encaminhar para uma unidade de saúde.
Se o animal for doméstico é importante obter a caderneta de vacinação do mesmo atestando sua imunização contra a raiva. Nestes animais o período de incubação é de no máximo 10 dias. Este é o período em que o animal deve ser observado. Se após 10 dias o ele se mantiver saudável, não há risco de se contrair raiva.

Se o animal for selvagem como um morcego, é importante capturá-lo para que ele possa ser analisado. Se não se puder capturar o animal, o tratamento deve ser feito partindo do princípio que este tenha raiva. O mesmo vale para cães e gatos de rua que consigam fugir.

Mordidas na cabeça e no pescoço são as mais graves por estarem próximas do cérebro. Neste caso o tempo de viagem do vírus até o encéfalo é bem mais curto do que por exemplo, mordidas nas pernas.

Fazer carinho ou receber lambidas de animais em locais de pele intacta não transmitem raiva. Porém, aquele velho hábito de oferecer feridas para cães lamberem, além de facilitar a infecção bacteriana, pode também transmitir raiva, um vez que o vírus se encontra na saliva do animal.

A profilaxia pós-exposição (após mordidas por animais suspeitos) deve ser iniciada o mais rápido possível. Existem vários esquemas que envolvem vacinas e imunoglobulinas. Dependendo da gravidade da lesão, o esquema pode incluir até 10 dias seguidos de vacinações diárias mais o administração de imunoglobulina.

É importante também vacinar contra o tétano, caso a última vacinação tenha mais de 10 anos.
Além da raiva e do tétano, mordidas de animais podem infeccionar e o tratamento com antibióticos pode ser necessário.



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