Tumores de hipófise
em 1/8/2012
Categoria: Disturbios Hormonais
O QUE É?


São tumores benignos da glândula hipófise que provocam sintomas neurológicos e hormonais. Os sintomas neurológicos são decorrentes de compressão ou invasão de estruturas adjacentes, tais como o nervo ótico e nervos localizados ao lado da hipófise (seio cavernoso).

Os sintomas endócrinos são provocados por deficiência ou excesso de produção dos hormônios hipofisários. A deficiência de hormônios hipofisários é conhecida como Hipopituitarismo.

As situações de excesso de produção hormonal hipofisária provocam sintomas clínicos bastante característicos que são os Prolactinomas (secretam prolactina), a Acromegalia (secretam hormônio de crescimento-GH ), e a Doença de Cushing (secretam hormônio adrenocorticotrófico - ACTH), cada uma delas apresentadas em itens específicos desse site.

Um número significativo de adenomas hipofisários não secreta qualquer hormônio hipofisário, provocando somente alterações neurológicas e deficiências hormonais.
Os adenomas hipofisários não possuem causa bem definida, sendo provavelmente provocados por mutações isoladas de células hipofisárias normais. Uma parcela de 3 a 5 % dos casos apresenta distribuição familiar, estando associada a mutações transmitidas hereditariamente.

Esses casos podem envolver a ocorrência do mesmo adenoma na mesma família (adenomas familiares) ou estarem associados às adenomatoses endócrinas múltiplas. Nessa situação, os pacientes podem exibir tumores funcionantes de paratireóide, pâncreas e supra-renais.

Por ordem de freqüência, os adenomas mais comuns são:

- Os secretores de Prolactina ( prolactinomas)
- Os Não-secretores (não-funcionantes)
- GH (acromegalia)
- Os de ACTH (Doença de Cushing)


Os tumores se dividem em dois:

- Micro - mede mais que 10 mm
- Macroadenomas - mede menos que 10 mm.
SINTOMAS

Os sintomas associados aos adenomas hipofisários são neurológicos e hormonais.

- Sintomas neurológicos mais comuns são: a dor de cabeça e a diminuição da acuidade visual. A dor de cabeça costuma ser na região frontal e lateral, do tipo constante, sem fatores determinantes e usualmente alivia com analgésicos comuns. A perda visual ocorre na acuidade visual e principalmente na visão para as laterais (perda de campo visual lateral). Mais raramente, em adenomas hipofisários volumosos com crescimento para os lados da hipófise, podem surgir outros sintomas visuais que são a visão dupla, o desvio de posição dos olhos (estrabismo), a queda da pálpebra (paciente não consegue levantar a pálpebra superior) e o desvio de um dos olhos para baixo e para o nariz. Este quadro caracteriza relativa gravidade e, freqüentemente, se associa com dor ao redor do olho envolvido e perda visual severa, chegando até a cegueira.

- Sintomas hormonais são decorrentes da diminuição ou do excesso de produção dos hormônios hipofisários. A diminuição da produção provoca um conjunto de sintomas conhecidos como Hipopituitarismo, descrito em item específico desse site.
Os sintomas de excesso hormonal são decorrentes do excesso de produção de prolactina, GH e ACTH, constituindo doenças específicas apresentadas em outros itens desse site.
TRATAMENTO
Nos pacientes com adenomas secretores de prolactina (prolactinomas), o tratamento é inicialmente clínico, com boa resposta em mais de 80% dos casos. Os medicamentos utilizados são a bromocriptina, o lisuride e a cabergolina, em doses progressivas até a obtenção da normalização da prolactina e redução do volume do adenoma hipofisário

Em situações nas quais não se alcançam esses objetivos, pode ser indicada a cirurgia transesfenoidal para ressecção do adenoma. Essa cirurgia é uma microcirurgia realizada através da região nasal, utilizando microscópio e abordando a região do hipófise por sua parte inferior.

Em pacientes portadores de adenomas secretores de GH (acromegalia) e ACTH (doença de Cushing) deve-se estabelecer um diagnóstico hormonal específico e, se comprovada cada uma das doenças, o paciente deve ser inicialmente submetido a cirurgia transesfenoidal para ressecção do adenoma.

Em pacientes com tumores não-secretores, deve ser avaliado detalhadamente o hipopituitarismo associado, e uma vez corrigidas as alterações hormonais de maior risco (deficiência de cortisol e de hormônios da tireóide), o paciente deve ser submetido a cirurgia transesfenoidal para ressecção do adenoma.

Mais raramente, em tumores muito volumosos, pode estar indicada a cirurgia por via transcraniana, ou seja, realizando uma abordagem da hipófise por sua porção lateral ou superior, o que envolve cortes cirúrgicos na calota craniana.



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