Dislipidemia, hiperlipidemia ou hiperlipoproteinemia é a presença de níveis elevados ou anormais de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue. Os lipídios (moléculas gordurosas) são transportados numa cápsula de proteína, e a densidade dos lipídios e o tipo de proteína determinam o destino da partícula e sua influência no metabolismo.
As anormalidades nos lipídios e lipoproteínas são extremamente comuns na população geral, e são consideradas um factor de risco altamente modificável para doenças cardiovasculares, devido à influência do colesterol, uma das substâncias lipídicas clinicamente mais relevantes, na aterosclerose. Algumas formas de dislipidemia podem também predispor à pancreatite aguda.
Existem as dislipidemias primárias, de causa genética e as dislipidemias secundárias, provenientes de outros quadros patológicos, como por exemplo o diabetes mellitus.
Para o diagnóstico são medidos laboratorialmente os níveis plasmáticos de Colesterol total, LDL, HDL e Triglicerídeos.
SINTOMAS
Quando existe um excesso de colesterol e triglicérides na concentração do sangue circulante (dislipidemia), várias complicações de longo prazo podem ocorrer, como o aparecimento da aterosclerose, que é uma doença caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura (ateromas) na parede das artérias e que infelizmente é umas das principais causas de morte no Brasil.
Como a dislipidemia é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas, é muito importante realizar exames para medir as dosagens de colesterol e triglicérides periodicamente, para detectar a presença ou não de dislipidemia. O diagnóstico de dislipidemia é feito através da dosagem do colesterol total e suas frações.
TRATAMENTO
A modificação na dieta é a abordagem inicial, contudo muitos pacientes necessitam de tratamento com estatinas (inibidores da HMG-CoA redutase) para reduzir o riscos cardiovascular. Se o nível de triglicerídios estiver muito elevado, os fibratos podem ser preferíveis, devido a seus efeitos benéficos nesse tipo de distúrbio. A combinação de estatinas com fibratos é altamente potente e efectiva, mas causa um risco bastante aumentado de dores musculares e rabdomiólise, sendo portanto prescrita em casos selecionados e sob supervisão rigorosa. Outros agentes comumente usados em conjunto com as estatinas são a ezetimiba, o ácido nicotínico e os sequestradores de sais biliares. Há algumas evidências a respeito do benefício de produtos naturais contendo esteróis e ácidos graxos ômegas.
Enviar Comentários
Para enviar comentários, é necessário estar logado.