Cancro do esófago
em 17/10/2012
Categoria: Distúrbios Digestivos
O QUE É?
Apesar de não se conhecer o mecanismo íntimo da sua origem, detectaram-se alguns fatores que, devido à irritação e à inflamação que provocam nas paredes esofágicas, são considerados, de certa forma, causadores do aparecimento do cancro como, por exemplo, a ingestão de produtos cáusticos, a acalasia, a esofagite por refluxo, o alcoolismo, o tabagismo e, segundo parece, o regular consumo de bebidas muito quentes. Foi também apontada uma possível predisposição genética para este cancro, mais comum nas pessoas de raça negra.

A maioria dos tumores malignos do esôfago localiza-se nos 2/3 inferiores do órgão e o seu crescimento é muito lento, podendo levar vários anos até alcançar um diâmetro de 1 a 2 cm. De acordo com o seu modo de crescimento, podem-se distinguir: os tumores vegetantes, que crescem na entrada do esôfago e adotam o aspecto de uma couve-flor; os tumores estenosantes, que formam uma espécie de anel no interior do órgão; e os tumores infiltrantes, que invadem as paredes do esôfago até as atravessar e alcançar as estruturas vizinhas.
SINTOMAS

Costuma ser a dificuldade na deglutição, devido à redução no sector afectado do órgão. Regra geral, a doença evidencia-se, inicialmente, durante a ingestão de alimentos sólidos, como fatias de carne ou pão, numa fase posterior, apresenta-se também após a ingestão de alimentos semi-sólidos, como papas ou purés, e em etapas mais avançadas, após a ingestão de líquidos.

Também costuma produzir regurgitação, mau sabor na boca e mau hálito.
Outro dos sintomas mais comuns, embora mais tardio, é a dor geralmente localizada no interior do tórax, ainda que se irradie, por vezes, à parte alta do abdômen. A princípio intermitente, relacionada com a deglutição, a dor torna-se gradualmente persistente e muito intensa. Quando o tumor infiltra toda a parede do órgão e alcança estruturas vizinhas, pode provocar rouquidão, ao invadir o nervo laríngeo recorrente que controla as cordas vocais, estabelecendo por vezes uma comunicação anormal ou fístula entre o esôfago e a traquéia ou um brônquio, com o consequente perigo de que parte dos alimentos ingeridos passe para as vias respiratórias e provoque uma infecção pulmonar.
TRATAMENTO

O tratamento compreende a cirurgia, a radioterapia (aplicação de radiações) e a quimioterapia (administração de medicamentos anti-cancerosos). A intervenção cirúrgica permite extrair todo o tumor, desde que este não esteja numa fase muito avançada. Sempre que for possível, e caso a cirurgia não altere a deglutição, remove-se o sector do órgão afetado, unindo depois os extremos. Caso não seja possível, pode ser necessário extrair todo o órgão e substituí-lo por um segmento do intestino grosso do próprio paciente. A radioterapia permite curar grande parte dos tumores malignos do esôfago de pequenas dimensões, sendo também utilizada como complemento da cirurgia ou como alternativa à intervenção cirúrgica, quando se considera que não é possível operar para melhorar a capacidade de deglutição.



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