É um conjunto de queixas que acompanha alterações no esôfago resultantes do refluxo (retorno) anormal do conteúdo estomacal, naturalmente ácido, para o esôfago.
A passagem de suco gástrico do estômago para o interior do esôfago - Refluxo gastresofágico - é a causa mais habitual de esofagite, pois a mucosa do esôfago, desprotegida contra a ação corrosiva do suco gástrico, acaba por se inflamar perante a sua constante e repetida ação. O problema deve-se a uma falha do esfíncter esofágico inferior, a válvula que em condições normais impede o refluxo, devido a uma hérnia do hiato ou a uma debilidade constitucional da válvula, intensificando-se quando a pressão da cavidade abdominal aumenta, normalmente após grandes refeições, em pessoas obesas e também durante a gravidez.
SINTOMAS
O principal sintoma é uma sensação de ardor ou queimadura no peito, por trás do esterno, em especial ao fim de um determinado período de tempo após as refeições e ao deitar-se. Neste último caso, o incômodo costuma ser tão forte que acorda o indivíduo algumas horas depois.
O ardor pode ser aliviado temporariamente através da ingestão de produtos alcalinos e do consumo de alimentos. A esofagite provoca frequentemente regurgitações, que deixam um sabor metálico na boca. Caso ocorram durante o sono, a matéria regurgitada pode passar para as vias respiratórias e provocar tosse ou, inclusive, bronquite.
TRATAMENTO
Nos casos menos graves, para tratar o problema, costuma ser suficiente adotar uma série de medidas dietéticas e comportamentais (ver quadro), juntamente com a ingestão de antiácidos para aliviar ou prevenir os incômodos. Caso a situação o requeira, o médico pode prescrever medicamentos que reduzam a secreção gástrica e que reforcem a contração do esfíncter esofágico inferior.
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