Traumatismos torácicos
em 18/10/2012
Categoria: Distúrbios dos Pulmões e das Vias Aéreas Respiratórias
O QUE É?

O traumatismo torácico nos dias atuais assume grande importância devido, em parte, à sua incidência e, por outro lado, pelo aumento da gravidade e da mortalidade das lesões. Isto se deve pelo aumento do número, poder energético e variedade dos mecanismos lesivos, como por exemplo, a maior velocidade dos automóveis, a violência urbana, e dentro desta, o maior poder lesivo dos armamentos, além de outros fatores. As lesões de tórax são divididas naquelas que implicam em risco imediato à vida e que, portanto, devem ser pesquisadas no exame primário e naquelas que implicam em risco potencial à vida e que, portanto, são observadas durante o exame secundário. Do 1º grupo fazem parte: obstrução das vias aéreas, pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço, tórax instável e tamponamento cardíaco. Já, no 2º grupo, incluem-se: contusão pulmonar, contusão miocárdica, ruptura aórtica, ruptura traumática do diafragma, laceração traqueo-brônquica e laceração esofágica.

As causas mais frequentes são os acidentes de viação. De fato, segundo dados
estatísticos, mais de metade dos acidentes de viação com vítimas mortais provocaram graves traumatismos torácicos, sendo estes diretamente responsáveis pela morte das vítimas em sensivelmente 25% desses acidentes. Esta elevada mortalidade deve-se ao fato de o tórax conter o coração e os pulmões, órgãos considerados vitais, pois a interrupção da sua atividade provocada por qualquer lesão pode conduzir rapidamente à morte. Para além dos acidentes de qualquer tipo, existem outras causas frequentes de traumatismos torácicos: por exemplo, as lesões provocadas por armas de fogo e armas brancas e as agressões com todo o tipo de objectos contundentes, cortantes e pontiagudos.

É possível distinguir dois tipos de traumatismos torácicos em função das lesões na parede torácica.
Nos traumatismos torácicos fechados, a parede do tórax parece não estar afectada exteriormente, não se observando hemorragias externas. As causas mais frequentes são acidentes de viação, pois mais de 70% das lesões devem-se ao impacto sofrido pelo condutor ou pelo acompanhante.

Nos traumatismos torácicos abertos existe uma abertura na parede do tórax que provoca uma hemorragia externa mais ou menos intensa, conforme os vasos sanguíneos e os tecidos danificados. As causas mais frequentes são agressões com objetos duros e proeminentes, afiados ou pontiagudos, embora em acidentes de outro tipo também se produzam lesões abertas no tórax.
SINTOMAS

As lesões mais frequentes nos traumatismos torácicos são as faturas ósseas. A mais comum é a fractura costal, ou seja, a ruptura de uma costela, por vezes múltipla, que se caracteriza por uma dor, por vezes muito intensa, situada junto ao local da lesão - esta agrava-se ao inspirar, tossir ou ao realizar movimentos. Normalmente, estas fracturas não originam complicações e, sobretudo com o tratamento adequado, curam-se sem deixar sequelas. Todavia, por vezes, em especial quando afetam pessoas que previamente sofreram de doenças pulmonares, podem favorecer o início de um processo infeccioso ou provocar uma insuficiência respiratória.

Menos freqüente é a fatura do esterno, que se caracteriza por uma dor muito intensa no peito, também acentuada ao inspirar e ao tossir. Igualmente menos comum, mas mais grave, é a fatura das vértebras dorsais, cujas manifestações podem ir desde uma dor intensa até a paralisia de um sector do corpo, dependendo da localização e natureza das lesões.Podem ocorrer também:

- Ruptura de um vaso sanguíneo do interior do tórax, com diferentes repercussões conforme a natureza do vaso sanguíneo afetado.

- Lesões pulmonares, quer sejam contusões, quer a ruptura do tecido pulmonar
TRATAMENTO

Retalho costal é uma grave complicação dos traumatismos torácicos provocada pela produção de inúmeras fraturas em diferentes pontos de costelas vizinhas, que origina a "separação" de um sector da parede torácica. De fato, este sector isolado move-se de uma forma independente e dessincronizada do resto da parede torácica, ou seja, durante a inspiração retrai-se para fora. Estes movimentos atípicos podem provocar a deslocação dos órgãos internos, o que altera consideravelmente a sua funcionalidade, até ao ponto de poder originar, muitas vezes, uma insuficiência respiratória e/ou uma insuficiência cardíaca graves.

Por isso, é fundamental que a vítima receba cuidados médicos urgentes, porque a sua vida está em sério perigo. Contudo, até à chegada da assistência médica, devem ser adoptadas as medidas que impedem o movimento dessincronizado da zona da parede torácica, que funciona de maneira isolada, o que pode ser obtido através de várias técnicas:

- Efetuar uma compressão manual na zona, mas contínua, de modo a impossibilitar os movimentos dessincronizados em relação a parede torácica.

- Caso não seja possível manter a compressão manual, por exemplo, por necessidade de atender outras vítimas, deve-se colocar na zona afectada um peso de aproximadamente 4 a 5 kg.

- Caso o estado da vítima o permita, deve-se colocá-la em decúbito lateral sobre o lado afectado, de modo a que o próprio peso do seu corpo comprima a parede torácica.



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