Doença dos glóbulos brancos que se caracteriza pela produção exagerada de uma imunoglobulina específica.
A origem da doença é desconhecida: sem um motivo prévio que o justifique, um setor dos glóbulos brancos do tipo linfócitos B transforma-se subitamente em células plasmáticas que começam a fabricar uma imunoglobulina molecular, do tipo designado IgM, em quantidades exageradas. Por vezes, a dita imunoglobulina tem a função de anticorpo, mas noutros casos é totalmente inativa e a sua produção excessiva na prática não tem qualquer finalidade. De qualquer forma, a sua grande quantidade implica alguns riscos, pois a elevada concentração da mesma no plasma aumenta a viscosidade do sangue, provocando várias repercussões.
SINTOMAS
A doença evolui durante muito tempo sem manifestar qualquer sintoma, mas noutros casos a grande quantidade de macroglobulinas segregadas pelas células plasmáticas que funcionam de forma anômala altera a composição sanguínea, cuja viscosidade aumenta, provocando problemas circulatórios que se manifestam principalmente por sintomas como cansaço, debilidade, dores de cabeça, problemas na visão e até neurológicos. Além disso, é possível que a coagulabilidade do sangue também seja alterada, com uma especial tendência para as hemorragias, que aparecem espontaneamente na pele e nas mucosas, sendo muito difícil travá-las.
TRATAMENTO
Normalmente, não é necessário qualquer tratamento, a menos que os pacientes diagnosticados evidenciem uma tendência para complicações. Quando se observar que a viscosidade do sangue aumenta de forma significativa devido ao aumento das macroglobulinas anómalas, costuma-se praticar uma técnica denominada plasmaférese, através da qual se reduz seletivamente a sua concentração sanguínea.
Caso a proliferação de células plasmáticas anômalas seja excessiva, inicia-se um tratamento quimioterapêutico com a administração de medicamentos destinados a impedir a disseminação dos elementos atípicos.
Enviar Comentários
Para enviar comentários, é necessário estar logado.