Arterite de células gigantes
em 4/1/2013
Categoria: Distúrbios do Coração e dos Vasos Sangüíneos
O QUE É?

A arterite de células gigantes, também chamada de arterite temporal ou arterite craniana, é uma vasculite de artérias de grande e médio calibres, que acomete predominantemente os ramos extracranianos da artéria carótida, particularmente a artéria temporal. Essa doença constitui a principal vasculite que afeta a população geriátrica, sendo a principal causa de febre de origem indeterminada nos idosos.

Vasculites sistêmicas são doenças caracterizadas pela presença de inflamação na parede de vasos sangüíneos e conseqüente necrose fibrinóide. Esse processo inflamatório pode levar à estenose e isquemia tecidual (quando acomete vasos de grande calibre – aorta e seus ramos que se dirigem para a cabeça e para os braços), à formação de aneurismas (no caso de acometimento de vasos de médio calibre), ou a sangramentos (quando o acometimento é de vasos de pequeno calibre; nesse caso, ocorre extravasamento de hemácias devido ao aumento da permeabilidade vascular, de tal forma que elas se depositam abaixo da pele, originando lesões dermatológicas chamadas de púrpuras; a quantidade de hemácias extravasadas é tão considerável, que determina a elevação da pele – são as púrpuras palpáveis).

Ocorre quase que exclusivamente em indivíduos com mais de 50 anos. É mais comum em mulheres que em homens, e é rara em indivíduos negros.
SINTOMAS

Pacientes com arterite de células gigantes, como aqueles portadores de qualquer outra vasculite sistêmica, apresentam sintomas constitucionais (febre, perda ponderal, fadiga, anorexia, mialgia, artralgia, sudorese), que são decorrentes da liberação de citocinas inflamatórias. Além disso, esses pacientes apresentam cefaléia em região temporal, unilateral (decorrente do acometimento da artéria temporal), claudicação de mandíbula (por afetar a artéria mandibular), hipersensibilidade do escalpo, e alterações visuais (pelo comprometimento das artérias oftálmicas e/ou ciliares posteriores; ocorrem particularmente em pacientes não tratados), como redução da acuidade visual e amaurose fugaz (trata-se de uma neuropatia óptica isquêmica), havendo até mesmo perda visual completa, indolor e irreversível.
TRATAMENTO
A resposta clínica e laboratorial (redução do VHS) ao corticóide é dramática (ocorre dentro de, no máximo, 72 horas). A prednisona deve ser iniciada na dose de 40 a 60 mg/dia durante cerca de um mês, seguindo-se uma redução gradual. Nos casos em que houver suspeita diagnóstica de arterite de células gigantes associada a alteração visual, o tratamento deve ser prontamente instituído, mesmo antes da confirmação histopatológica.



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