A Onfalite consiste em infecção da cicatriz umbilical. É um distúrbio predominantemente de neonatos e, tipicamente, manifesta-se como uma celulite superficial que progride para fasciite necrotizante, mionecrose ou doença sistêmica. Apesar “de rara em países industrializados, a onfalite ainda é uma causa comum de morte em regiões menos desenvolvidas”.
O umbigo é muito resistente e útil. O cordão úmbricas tem (normalmente) duas artérias e uma veia envolvidas por uma geleia. Após o nascimento as artérias colapsam, a veia trombose e os três vasos vão involuindo até ficarem transformados em cordões fibrosos relativamente inúteis. Após o nascimento a cicatrização ou queda do umbigo ocorre em 7a10 dias. Durante este período o único cuidado a ter é deixar o cordão de fora da fralda. O contacto com côco e xixi pode infectar o coto. A infecção pode ter muitas causas, de entre elas a possibilidade de um descuido na higiene do umbigo e na sua desinfecção. Fralda suja demasiado tempo, não ter desinfetado o coto pelo menos duas vezes por dia, fralda demasiado apertada sobre coto sem proteção.
O índice de mortalidade em bebês com onfalite, incluindo aqueles que desenvolvem complicações, varia de 7% a 15%. A mortalidade é significativamente maior (38-87%) nos pacientes com fasciite necrotizante ou mionecrose.
Os principais fatores de risco para um mau prognóstico parecem ser sexo masculino, prematuridade ou bebês pequenos para a idade gestacional, e parto séptico. Contudo, os dados neste sentido ainda são limitados e não permitem determinar exatamente o papel de cada um destes fatores nos índices de mortalidade.
Para limpar o coto, deve utilizar uma gaze limpa e humedecida com o produto recomendado pelo pediatra, normalmente álcool a 70ºC. A higiene deve ser realizada delicadamente abrangendo o coto e a região circundante.
Depois da queda do coto, a mãe deverá limpar e secar diariamente a zona umbilical até que a cicatrização esteja concluída.
O tratamento da onfalite inclui antibioticoterapia parenteral de amplo espectro e medidas de suporte. Nos casos refratários, indica-se abordagem cirúrgica.