A Estrongiloidíase ou Estrongiloidose é uma doença causada pelo parasita Strongyloides stercoralis e possui maior prevalência em regiões quentes (com temperatura entre 25 a 30º C) e com bastante umidade. Os nematódeos são encontrados em solo arenoso e podem viver indefinidamente no solo como formas livres.
A transmissão da doença acontece pela penetração das larvas filarióides na pele (geralmente nas áreas da pele mais fina dos pés), ingestão de alimentos contaminados por larvas, autoinfestação interna (mudança das larvas rabditóides para filarióides na região perianal infestando o hospedeiro).
SINTOMAS
-Lesões cutâneas: Geralmente discretas, podendo haver pequenas alergias. A pele pode apresentar manchas vermelhas, coceira e inchaço. Estes sintomas tendem a desaparecer espontaneamente dentro de 1 a 2 semanas.
-Lesões pulmonares: Quando as larvas perfuram os alvéolos ocorrem pequenas hemorragias, alterações inflamatórias, que podem complicar com o aparecimento de fenômenos alérgicos e invasão bacteriana secundária.
-No intestino, as fêmeas partenogenéticas ao nível da mucosa, possuem uma ação mecânica e irritativa capaz de provocar enterite. Assim a mucosa parasitada contém uma inflamação catarral e com a presença de pontos ulcerados. Essas úlceras podem complicar-se por invasão bacteriana, dando extensas áreas necróticas.
-Além de tudo isto, o paciente apresenta anemia, diarréia, emagrecimento, desidratação e irritabilidade, que são agravados em caso de subnutrição.
TRATAMENTO
Para evitar a doença, é bom usar sapatos em áreas endêmicas para proteger os pés, abolir por completo adubação com fezes humanas e tratar os doentes de modo a evitar a proliferação da verminose. O tratamento geralmente é feito com tiabendazol e albendazol, porém deve ser receitado pelo médico especialista.